segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

EU sou a História.

Estamos começando...
(Não, não, não era por aí. Deveria ter escrito outra coisa para introduzir esse blog aqui). Mas seja o que eu escrever, de qualquer forma, vou voltar aqui daqui alguns 5 ou 10 anos e ver como eu fui um idiota, que só escrevia coisas sem sentido, "nossa nada vê isso aqui", "putz, não acredito que eu pensava assim". Contrariando essa contemporaneidade, exalando olhares odiosos com a finalidade de apagar essa página, ainda sei que seria injusto fazer isso...
Perplexo com os meus posicionamentos, pensamentos ou por ter filiado em algum partido, então lá vai ele denovo condenar, julgar e blasfemar raivosamente contra meu passado. Se sentir culpado pelo que pensou, falou, agiu. Pois bem, a História prega mesmo peças na gente quando queremos ser os maiores imbecis e punir a nós mesmo dizendo: "eu fui assim, não sou mais, hoje sou fodão". O grau de fodeza que flui se torna consciência, mas ao invés de aprendermos com o passado, preferimos, aí, trancafear e esconder ele, ou simplesmente jogá-lo fora, a História não importa. (É que sabe eu tenho um flogão por aí e não é legal me encontrar com ele perdido entre os http's da minha plataforma do Mozzila).
Hoje em dia é tudo fonte, já diziam os historiadores culturais da Écolle Française Culturalis Economiscalis Pequeparilis e pode ser usado contra mim. E chega uma hora que mexer nisso vai feder. Mas a elaboração de um diário de bordo, traçando o dia-a-dia dos defeitos humanos se torna o papel no lazer desse ser, aliás, não há nada melhor pra fazer. E eu ainda posso desistir um dia e parar de postar aqui.
Uma vez na vida, ou pelo menos no espaço de uma rede social virtual eu não preciso me comprometer com minhas vaidades, querer ser alguém, fazer algo ou provar pros outros que é isso que eu penso. Nem preciso fingir que gosto das pessoas que invariavelmente vão cair aqui e ler qualquer coisa ou besteira que vou escrever. De qualquer forma, o bom da vida é um dia amar, querer aquilo, desejar e depois dizer que não se ama mais aquilo, que não precisa mais.
E já que a moda é o niilismo, vamos lá piazada, vamos masturbar intelectuais alheios ao nosso mundo:
No verbete NIILISMO da Bíblia do Caos vocês encontra: "Está bem, você riu muito. Mas depois que você riu, o quê? - deixa de rir a vida é só isso. (MILLÔR, A Bíblia do Caos, p. 390, 1965).
FERNANDES, Millôr. Millôr definitivo. Floresta: L&PM Pocket, 2007.
eyecorp.

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