quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Nu parte III - O fracasso!?


(lapso 20 de fevereiro de 1996)


De repente, a história se tornou interessante...


Meu reflexo hoje sobre isso não se coloca entre a incursão e a colação de grau acadêmico. Foram algumas férias, visitas, olhares à rua que me fizeram encenar no meu mundo das idéias o enredo. Fatos registrados pelo curso da minha memória agora me fazem buscar outros relatos.

O que se pode falar de "amor" pela história não se colocava nos méritos de ser universi(o)tário, mas sim, em oportunidades anteriaores a isso, onde entrei em contato com o que chamava de
"pessoas comuns". Talvez aí haja descrédito ao registro acadêmico, minha eventual derrota origina outros interesses. Falar com tais pessoas seria fundamental, elas possuem muito a revelar além dos números, além dos censos. Descendentes de italianos. Essa singular informação não me permite ir além, a não ser que olhe atentamente as suas mãos calejadas, senhores, senhoras...
Se não podemos expor a alegria de uma população em números ou dizer que suas vidas se fundam na década de 1940 ou na produção de uva, como podemos expor esses relatos...
Quero contar a história da traidicional festa dessa cidade.
Só poderemos entender suas vidas, após decidirmos colocar a história oficial perante pessoas vivas. O que elas tem a nos contar? O momento onde todos se tornam personagens, onde todos se conhecem, se divertem e uns goles de vinho a mais já significam o vermelhar dos ruchunchudos rostos, aí está a vida.
Como podemos continuar?

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Virtualidade das emoções.




Sentimentos virtuais me interessam,
tu aí eu aqui, coisa nada rara,

distantes, mas cara a cara,
tela a tela, as palavras nos expressam.


Tua foto diz tudo,
algo estampado
tudo que sei de um pvt,
há 2 anos havia te add,
mas nunca havíamos teclado.

Parceiros da madruga,
a insônia nos ocupa,

somos carne e unha,
palavras saem, uma a uma.

Somos algo momentâneo,
não jogamos bola,
nem somos da mesma escola,
sedentários, discutindo o rock contemporâneo.

Agora, se joga conversa fora,
se omite o sofrimento,
as rimas me fugiam há um tempo,

mas cara, eu te tenho agora.

Carência minha, comoção ressarcida,
somos doentes pós-modernos,

minimizo mulheres, flertes espertos,
pelo encontro de experiências vividas.

Teve dias que não me respondia,
a janelinha piscava, te chamava,
pedindo atenção, aclamava,

mas ali tu não mais existia.

Ausente, desapareceu como o sol poente,
pixerizado, tu era de novo descartável,
prefiria te chamar "amigo", indispensável,
nunca te vi, mas nesse canto do monitor, aparece sorridente.