quinta-feira, 15 de julho de 2010

boi na linha é grampo da federal, portanto CÓDIGOS!


melhor deixe, ela saiu fora
caiu
fudeu
trepou pra azambigue
saiu com o goleiro Bruno
molhou o café na roupa do Gordines
zuo na periferia de Freitas Soares-MA
quem sabe faz ao vivo
lambeu o sovaco do Caxuxa
O Réc pulou de bico na piscina Olímpica
O daLuz saiu de zorba na sacada
O Mámi do posto vomito na geada


todo mundo tá ligado,
observando a cadelagem, a falcatrua,
traíram o Paraguai na guerra e querem usar o lote pra matar os Kaingang,
sem fins lucrativos, nós voltamos.

.eyecorp.

.

Aprender com as derrotas, mas aprender ainda mais com a falta de personalidade daqueles que querem te ver derrotado.

PATO X BELTRÃO - Recortes do conflito regional, um olhar antropológico no futsal paranaense.

(publicado no jornal Diário do Sudoeste e no Blog do CAHIS/UEPG em 12/04/09)

PATO BRANCO - 09/04/09 - 08:04

Olá Camaradas princesinos...
Depois de meses, volto a postar em correspondência de Pato Branco (daí?!) me dirijo aos estudantes de história pontagrossenses.

Aos historiadores ''moderninhos'', vaí aí uma pitada de realidade social relatada a partir de uma de folga na cidade natal, que não me permitiu o ócio nem num ginásio de futsal. No percalço de escrever a monografia, tirei um meio tempo (time off) para assistir o maior clássico do futsal paranaense. Foi ontém que se enfrentaram dois espectros do futsal sudoestino: PATO BRANCO x FRANCISCO BELTRÃO (O texto não possui uma análise técnica do jogo, mas é um relato da memória social por parte do historiador que procura discutir a identidade regional a partir das rivalidades criadas entre duas cidades do interior do Paraná.)


O espetáculo das massas armado no ginásio LAVARDÃO, antigo PATÃO, era marcado de início pela torcida organizada local: a CAMISA 6, denotada de emblemas que denotavam a símbolos locais - como o ''pato'' - e outros que identificavam-na com torcidas da capital como OS FANÁTICOS (ATLÉTICO) e a IMPÉRIO ALVIVERDE (CORITIBA). Uma manobra marcada por imagens da circularidade cultural no estado, colocava a fauna local frente a frente, a chamada ''marrecada'' beltronense saia em desvantagem por seu time jogar fora de casa.

Ao som de foguetes e rojões, os coros e palavras de ordem, que radialistas locais no dia seguinte identificavam como
''de baixo calão e impublicáveis'', muito me rememoravam ao discurso das torcidas organizadas curitibanas em finais de semana. O incremento do espetáculo era denotado não só por uma rivalidade futebolística, mas também a disputas que para o intelectual podem parecer sem sentido mas que são alimentadas por discursos como ''BELTRÃO NÃO TEM VIADUTO'' ou ''PATO BRANCO TEM MENOR POPULAÇÃO''.

Essa rincha antiga se precede pelo fato de as duas cidades serem as maiores da região, sendo que a disputa se ocasiona em descobrir qual das duas cidades é a CAPITAL DO SUDOESTE PARANAENSE. O espetáculo excede então as quatro linhas da quadra e insere também a identidade local num conjunto de debates iniciados desde a conhecida Revolta dos Posseiros de 1957 ou pela questão do Estado do Iguaçu.

As classes sociais se igualavam no olhar ao público, trabalhadoras e trabalhadores, donas de casa, meninos de rua, skatistas, boleiros, crianças, empresários e até o prefeito municipal eram assíduos ao primeiro toque da bola.

O amendoim era aperitivo e a cerveja era popularizada nas arquibancadas do ginásio. Já de início, a rivalidade é transferida a uma arena de 20 x 40. A habilidade dos jogadores em alguns momentos era incentivada por disputas anteriores econômicas e políticas e parecia que em alguns momentos para alguns jogadores o toques de bola eram o ingrediente para provar se PATO BRANCO OU FRANCISCO BELTRÃO era capital do sudoeste paranaense.

Como não possuo linguagem técnica referida ao futebol, preferi não me prender ao jogo, por ser mero coadjuvante ou observador do cotidiano. Mas ao ambiente de relações sociais que se tramava naquele momento, as relações de poder também se colocavam a prova, os atores sociais se desmascaram e o policiamento do ginásio ficava atento ao encontro das duas torcidas locais. Ééééé, além da camisa 6, a Fúria Beltronense, conhecida por ''marrecada'', se fazia presente no ginásio.

Em número desfavorecido era acanhada de início em expor sua bandeira tricolor num dos ambientes do ginásio que se cobria do manto rubro-negro da torcida da casa. Mas a torcida havia de aparecer, já que o grito que ecoava antes e durante o jogo: ''CADÊ FURIAAAA, CADÊ FURIAAAA'', na verdade,parecia uma convocatória a rivalidade local.

Dois lances do enredo marcam os sentidos dados ao quadro daquela noite. Em pênalti para o time da casa, aquela bola só podia ter entrado, mas não entrou, o que provocou o impacto aos olhares da população patobranquense e a colocou mais surpresa a um lance porterior.

Num bate-rebate, o ginásio incrédulo assistia o respingar da bola para dentro da linha do gol e o emblema do placar foi urgido pela comemoração provocativa do Camisa 4 beltronense. Isso ainda meio ao primeiro tempo que aguardava mais emoções ao espetáculo do salão.

O juiz sempre era identificado a personagens alusivos, ou era ''ladrão'', ou sua mãe era uma figura promíscua, poligâmica e sem pudor. Isso na representação discurso da torcida, em gritos que partiam das duas torcidas.

A carnavalização e o semblante dessas representações era comprometida aos fatos sociais, já que num momento de desfavorecimento emocional por tomar um gol a torcida pode sim identificar o árbtiro e sua mãe como quiser, já que a única forma de entrar no jogo é no grito. Uma parte dos ocupantes da arquibancada são o ginásio tentando exibir a democracia do xingamento.

O empate logo vinha com uma bola cravada no fundo das redes. A festa estava armada e o Pato parecia merecer o jogo que até o fim foi marcado por lances de quase gol por parte desse esquadrão patobranquense. Nesse momento se assume Maranhão, com sua habilidade ele é idenficado como ''Liso de bola''.

Entretanto, foi num lance de conflito que a casualidade da bicicleta de um Marreco acerta incoscientemento a cabeça do goleiro patobranquense, esse teve de ser retirado de campo por maca, sendo substituído pelo goleiro reserva que mal sabia de seu destino...

Em dois lances sem finalização nos últimos 30 segundos de jogo marcaram a posse de bola do goleiro beltronense Héder - um fantasma que abandonou o Pato Futsal anos antes, afim de procurar melhores oportunidades no futsal foi para o Beltrão Futsal. Seu olhar atento pareceu fulgaz, o goleiro adversário estava adiantado e um balão para o outro lado da quadra foi definitivo para selar um clássico com a vitória do time visitante.

É, e a bola ainda quicou antes de entrar num barulho que se aparentava ensurdessedor e que zombe até agora na torcida local e nas costas do goleiro patobranquense que acabava de entrar. Evento histórico mas que para muitos ali deveria ser apagado, a torcida calada sai do ginásio, só se ouvia alguns resmungos, enquanto que uma meia dúzia de beltronenses da Fúria tiveram de sair de fininho, no mínimo, ressabiados com o que poderia acontercer - e sem poder comemorar.

Pra mim, o resultado pouco importa, clásisco é clássico, jogo é jogo, etc, etc, etc, e nada explica a casualidade da História, nem de um jogo de futebol... O que me importou analisar foi a rivalidade criada a partir da identidade regional.

Entretanto, são eventos como esse que produzem coisas mais interessantes e que não podem reduzir a identidade da cidade a grandes nomes de bons jogadores que nasceram e jogaram aqui, como é o caso de figuras como Rogério Ceni e Alexandre Pato.

Se essa a cultura é moldada por enredos como um jogo de futebol que até coloca em campo disputas políticas entre duas cidades por referência na região, então Bakhtin e Foucault perderam o espetáculo de ontém. Espiando as relações até pela antropologia social, cabe aos historiadores continuar essa tradição...

Roberto Pocai é historiador, formando pelo curso de História - Bacharelado da UEPG. Já foi Coordenador Geral do CAHIS e hoje é mero espectador das relações sociais.

domingo, 11 de julho de 2010

Transitindo pensamentos, refletindo em acões, o bêbado alquimista.

(lapso do que não vivi, década de 1990, não recordo o ano extado).

E eis que em um bar, num desses momentos de ócio, o abrir da cerveja gelada, o servir em um copinho americano e o beber, não propõe apenas mais uma dose para a embriaguez. A distância e a duração se encontram não em uma mera “filosofia de boteco”, mas na investigação ainda sóbria de todo o processo que aquele produto levou até chegar àquela mesa. Plantar, colher, conservar, carregar, transportar (parar o caminhão), descarregar, armazenar, fermentar, maltar, engarrafar, transportar (de novo), descarregar, armazenar, gelar, servir e... o garçom dava as costas com seu avental amarelo enquanto todo meu raciocínio parecia estar ali parado e o período do seu acontecimento parecia possuir a mesma durabilidade de tempo para ocorrer a dilatação de um corpo (isso, bolhas da espuma explodiam, evaporava o álcool pela superfície do copo).
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As fotos ao lado descrevem esse processo onde do colher ao fermentar a cerveja é produzida (imigtrantes russos, carroções carregando barris, a chaminé exibindo o processo de fermentação no meio da cidade). A cervejaria Adrática, memorializada na cabeça dos botequeiros e dos cervejeiros da cidade de Ponta Grossa-PR não existe mais, a não nesse pequeno espaço: a memória.

Fica aqui o meu registro daqueles momentos que não vivi, mas que me comovem profundamente ao encontrar com aquele povo... aquele povo que não é latifundiário, nem radialista, mas que carregou consigo a vida de uma indústria, sem eles o progresso industrial não se sustenta é apenas discurso. Por último, uma foto que deveria significar muito, demolida ao chão a indústria que fora símbolo daquele discurso e que para os governantes daquele momento nem serve mais para ser restaurada, fica aí a imagem do esquecimento imortalizada digitalmente nesse blog singelo.

terça-feira, 6 de julho de 2010

fritando pneus, miolos e valores

dizia o narrador do Cavalo de Aço: "grito, tiro, revorvada e cheque frio do Banestado"

de 4 em 4 anos, a mesma mensagem.

pensava o narrador de futebol da maior emissora do país:

Agora TODOS, escutem: VOCÊS NÃO SÃO NADA, LIMPEM A MAQUIAGEM, ESCONDAM SUAS BANDEIRAS E LOGO VEM O SILÊNCIO (ninguém mais é brazileiro)